quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cinema brasileiro.

   A tempos que, olhando para filmes brasileiros, quase que instantaneamente, já tinha uma repulsa automática: "Filme brasileiro? Deve ser uma merda!". 
   Acho que um dos principais motivos foi assistir "Vai trabalhar vagabundo".
   Pra quem não sabe, o filme fala de um cara que saiu da prisão e usa de manhas para fazer dinheiro, por que trabalhar nunca foi seu forte.
   O filme é um clássico de 1973, mas eu nunca consegui aceitar a ideia de que passaram no mundo que brasileiro seja normalmente malandrão e goste de viver disso, não que isso chegue a ser uma mentira completa, por que existe muitas pessoas com histórico podre aqui que dão a entender isso, mas ainda existe gente que trabalha nesse país.
    Mas, voltando ao assunto, hoje eu não tenho essa mesma repulsa com o nosso cinema.
  Grandes nomes estão representando o Brasil lá fora.
  Comecei a assistir algumas produções nacionais que me fizeram mudar de ideia sobre o que eu pensava e como eu agia perante filmes brasileiros quando assisti "O bicho de sete cabeças" (2001, diretora Laís Bodanzky), inclusive, quem não assistiu, eu recomendo, um puta filme! 
   Assim como o último, dei valor também para "Tropa de Elite", "Meu tio matou um cara", "Olga", "Riscado", "2 gatos", entre muitos outros.
   O povo brasileiro é tem nojo de si mesmo, se tratando de cinema (normalmente), e claro, não vou negar que em uma parte da minha vida eu dava preferencia total para filmes americanos (épocas em que eu não absorvia conteúdo, o que interessava eram efeitos especiais, bom som, explosões e por aí vai), então sim, eu já fui um hipócrita quanto ao nosso cinema.
   Aos poucos, o cinema brasileiro foi sofrendo mutações, e toda aquela mania de substituir palavras grossas por palavras bonitinhas apenas por "bom comportamento" se foram, afinal, quem nunca falou besteira? Ela faz parte da linguagem comum de qualquer pessoa, indiferente do peso da palavra.
   Em um belo exemplo no video abaixo, em uma das cenas musicais do filme “Cabaret Mineiro”, Nelson Dantas canta Suíte do Quelemeu.




Então para todos aqueles que ainda tem seus conceitos fechados pra filmes brasileiros, assistam pelo menos "O auto da compadecida" (e chorem rindo).